Sinopse: Julie Jacobs e sua irmã
gêmea, Janice, nasceram em Siena, na Itália, mas desde os 3 anos foram criadas
nos Estados Unidos por sua tia-avó Rose, que as adotou depois de seus pais
morrerem num acidente de carro.
Passados mais de 20 anos, a morte
de Rose transforma completamente a vida de Julie. Enquanto sua irmã herda a
casa da tia, para ela restam apenas uma carta e uma revelação surpreendente:
seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei.
A carta diz que sua mãe havia
descoberto um tesouro familiar, muito antigo e misterioso. Mesmo acreditando
que sua busca será infrutífera, Julie parte para Siena.
Seus temores se confirmam ao ver
que tudo o que sua mãe deixou foram papéis velhos – um caderno com diversos
esboços de uma única escultura, uma antiga edição de Romeu e Julieta e o velho
diário de um famoso pintor italiano, Maestro Ambrogio. Mas logo ela descobre
que a caça ao tesouro está apenas começando. O diário conta uma história
trágica: há mais de 600 anos, dois jovens amantes, Giulietta Tolomei e Romeo
Marescotti, morreram vítimas do ódio irreconciliável entre os Tolomei e os
Salimbeni. Desde então, uma terrível maldição persegue essas duas famílias.
E, levando-se em conta a linhagem
e o nome de batismo de Julie, ela provavelmente é a próxima vítima. Tentando
quebrar a maldição, ela começa a explorar a cidade e a se relacionar com os
sienenses. À medida que se aproxima da verdade, sua vida corre cada vez mais
perigo.
Instigante, repleto de romance,
suspense e reviravoltas, Julieta – livro de estreia de Anne Fortier – nos leva
a uma deliciosa viagem a duas Sienas: a de 1340 e a de hoje. É a história de
uma lenda de mais de 600 anos que atravessou os séculos e foi imortalizada por
Shakespeare. Mas é também a história de uma mulher moderna, que descobre suas
origens, sua identidade e um sentimento devastador e completamente novo para
ela: o amor.
Bem, eu estou há dias tentando
achar palavras para descrever quão fantástico é este livro mas simplesmente não
consigo expor tudo que senti lendo, então vou fazer uma análise normal sobre
ele.
Este livro parte do princípio: E
se a história de “Romeu e Julieta” imortalizada por Shakespeare não tivesse
sido de toda fictícia? E se sua origem fosse o drama vivido por famílias
italianas que realmente se odiavam?
De acordo com a explicação dada pela autora, realmente a história de Shakespeare não foi a primeira vez que “Romeu e
Julieta” foi contada, há relatos de outras três versões anteriores deste tão
conhecido romance e elas se passavam em Siena, onde haviam muitas rixas
familiares no século XIV, ao invés de
Verona. Com essa bagagem a autora desenvolveu um universo fictício que
utilizasse duas famílias que realmente viviam em guerra naquela época, os Tolomei
e os Salimbeni (Capuleto e Montecchio, respectivamente) sendo que, nesta
história, havia uma terceira família que teria papel importantíssimo no
desenrolar da história (os Marescotti), pois haveria o desenvolvimento de um
“triângulo amoroso” baseado no poder e em quem poderia oferecer mais, ou causar
menos danos, à outra família no futuro.
Nesse livro ela supõe que uma
descendente de Julieta, ou melhor, Giulietta Tolomei, teria nascido na Itália
mas se mudado para os EUA após a morte de seus pais em um acidente de carro,
fazendo com que ela e a irmã gêmea passassem a ser criadas por uma tia. Esta
tia sempre se esquivava das perguntas referentes à sua mãe mas era uma senhora
carinhosa e que tentava não ter preferência entre as gêmeas Julie e Janice
Jacobs, ou pelo menos foi isso que Julie pensou até o dia da morte de sua tia.
No testamento ela havia deixado tudo para Janice e para Julie apenas uma carta
que foi entregue pelo mordomo da família, Umberto.
Na carta ela contava que o
verdadeiro nome de Julie era Giulietta Tolomei e que, como as circunstâncias da
morte de sua mãe não haviam sido esclarecidas e elas poderiam estar correndo
perigo, tia Rose resolveu mudar tanto seu nome quanto o de sua irmã para que
elas ficassem protegidas pelo anonimato mas que agora ela deveria buscar sobre
o seu passado, o passado de sua família, descobrir sobre um tal tesouro que sua
mãe procurava na Itália na época em que morreu e desvendar o segredo por trás
de uma maldição de séculos que havia sobre sua família e que indicava que a próxima
da lista seria ela. Como Julie não tinha o que perder mesmo, ela foi atrás da
tal história e é aí que o livro começa.
Este é um livro pequeno (441
páginas) mas muito denso. Ele conta a história da Giulietta atual e esclarece
as diferenças entre Giuletta Tolomei e Julieta Capuleto de 1340, contando a
história da primeira e mostrando que no passado pode ter sido lançada uma
maldição contra as duas famílias principais e que apenas a Giulietta atual poderia
quebrar, uma vez que ela tinha os genes (por parte de mãe) e o nome (por parte de pai) da Giulietta do passado, sendo
que a autora separa as historias bonitinho para não ficar uma bagunça, tanto
que há capítulos com parte I e parte II e isso faz com que seja necessária um
pouco mais de atenção durante a leitura; não é como “50 tons de cinza” onde a
história seguia um padrão óbvio e você vai lendo de boas. Neste livro é preciso
paciência para que não possam ser deixados para trás alguns detalhes que vão se
mostrar importantes no final.
O livro possui uma narrativa boa
e muito gostosa de ler, sem ter uma protagonista chata e mimizenta como ocorreu em livros como a saga "Crepúsculo", "50 tons de cinza" e outros que seguem a mesma vibe; a única
parte enjoativa foi o inicio da historia da Giulietta de 1340, não sei se pq
realmente era enjoativa ou pq eu estava morrendo de curiosidade sobre o que
aconteceria com a Giulietta atual mas conforme as histórias seguem e se linkam
uma na outra o livro se torna tão fantástico que simplesmente não dá para parar
de ler, mesmo que você esteja em aula e a professora não pare de falar instante algum. Aliás, foi em aula que terminei de ler o livro.
Por ser um livro sobre
investigação, com bastante romance, mas com o foco na descoberta do passado
escondido e na tentaviva da quebra de uma maldição que se mostrou eficiente até os tempos atuais,
este romance se mostra adequado tanto para homens quanto mulheres, com maiores
chances de ser aprovado por elas.
Definitivamente super indico este
livro. Eu não consigo encontrar palavras para descrevê-lo e só lendo vocês
terão idéia de quão magnifico ele é. E
sabendo que este é o primeiro romance da autora, fico na expectativa de ler os
próximos dela, pq se todo autor evolui de um livro para o outro e esta já
começou assim, os próximos irão beirar a perfeição.
“Giulietta: Tu acreditas que o grande amor traz em si as sementes de grandes sofrimentos. Bem, talvez tenhas razão. Talvez as pessoas sensatas evitem uma coisa para ficar a salvo da outra, mas eu preferiria ter meus olhos queimados em suas órbitas a nascer sem eles.”
“Romeu: Com Giulietta em seus braços, todas as outras mulheres - passadas, presentes e futuras - simplesmente deixavam de existir.”
“Giulietta: “ Lá vamos nós de novo“, ela zombaria, “Jules sonhando com um homem que não pode ter“. E ela estaria certa. Mas às vezes esses eram os melhores.”
“Aninhando-me em silêncio em seu abraço, desejei ter o poder de virar a realidade de cabeça para baixo, como uma ampulheta, e fazer com que a vida não fosse um processo finito, mas uma passagem perpetuamente repetida por um buraquinho no tempo.”
“Tudo o que dizemos é uma história. Mas nada do que dizemos é apenas uma história.”
“Romeo exibiu uma fileira inteira de dentes saudáveis, surpreendente em um jovem com fama de provocar trocas de murros aonde quer que fosse.
- Não - respondeu, ainda sorrindo -, tenho um bom faro para mulheres que não pedem nada além daquilo que quero dar. Mas, se existisse uma mulher assim - inclinou a cabeça para o quadro -, eu quebraria de bom grado todas as costelas para persegui-la. Melhor ainda, entraria pela porta da frente, como dissestes, e pediria a mão dela antes mesmo de a haver tocado. E não é só, eu faria dela minha única esposa e nunca mais olharia para outra mulher. Juro! Ela seria digna disso, tenho certeza.”
”Dizem que morri. Meu coração parou e eu não respirava - aos olhos do mundo, estava morta de verdade. Alguns dizem que durou três minutos, outros afirmam que foram quatro. Pessoalmente, começo a achar que a morte é, acima de tudo, uma questão de opinião.”
“When the wise go to heaven, they leave their wisdom behind, for us on earth. Their spirits live on, flying around us silently, like owls, with eyes that see in the night, when you and I see only darkness.”
“Do not underestimate the power of events that happened long ago. That is the tragic flaw of modern man.”
“Tudo isso me foi contado depois, não me lembro de quase nada. Não me lembro nem mesmo de Frei Lorenzo ajoelhando-se para me dar um beijo na testa, ou de Janice dançando aos rodopios e beijando um por um todos os policiais, que riam. Só me lembro dos olhos do homem que se recusou a me perder de novo e que me arrancou das garras do Bardo, para podermos enfim escrever nosso final feliz.”
“- Pense bem. Se Julieta tivesse conhecido Páris primeiro, teria ficado apaixonada por ele. E os dois viveriam felizes para sempre. Ela estava pronta para se apaixonar.
- Claro que não! - objetei. - Romeu era uma gracinha…
- Gracinha? - Alessandro revirou os olhos. - Que espécie de homem é uma gracinha?”
Beijos