Nasceu
o bebê!!! Depois de mais de dois meses que fui pra lá, só agora tive tempo para
terminar o post sobre..
A
vida tava corrida, acabei de terminar a faculdade.
Então,
normalmente eu foco em uma coisa de cada vez por post, mas ao invés de falar de
cada parte da viagem em separado, resolvi colocar toda a experiência aqui em um
único post.
Essa
foi a minha primeira viagem para fora do Brasil, antes disso só havia ido pra
Sampa apresentar trabalho e comprar muamba na 25 de março e pra Porto Seguro
dançar axé no Axé Moi (Bjo, Mc Ralado).
Então
tudo era meio novidade pra mim, principalmente passar na imigração e ver o cara
pedindo seus documentos e batendo uma foto sua pra vc ficar no registro da
imigração. A minha sorte é que o cara
era super gente fina, tinha paciência com meu portunhol e provavelmente já
estava acostumado com o tanto de brasileiro que chega lá. Então tudo correu
suave. Fora que eu tava la com o meu grupo de pesquisa e, quando vc tá em
bando, tudo fica mais fácil.
1º
Dia – Mafalda cai no colo
Logo
no primeiro momento já deu uma zica: Por causa de um desencontro de
informações, alguns acharam q não haveria taxi para todo mundo e pedimos um
outro taxi que, nos fim das contas, fez com que pagássemos um cadinho mais caro
para chegarmos no hotel, mas é viagem e tá
tudo lindo, esquece a raiva e vamos ser felizes pq só temos uma semana
na Argentina pra fazer todo e cada centavo valer a pena.
Chegamos
no Hotel Chateau Blend, que fica na Recoleta, e nos separamos em quartos de até
4 pessoas (Que, diga-se de passagem, tinha dois banheiros, um com banheira,
cozinha, duas TVs, uma cama de casal e um sofá cama pra caberem os quatro.. ) o
quarto era enorme! Eu q tava acostumada com os Formule 1 de São Paulo onde vc
entra de frente e sai de costas (e ainda vê o amiguinho tomando banho pelo
vidro transparente), fiquei chocada com o quarto do Chateau Blend. Aquilo é uma
casa!!!
Depois
de nos organizarmos e escolhermos nossas camas, fomos para a feira de San Telmo
bater perna, olhar as modas, comprar comida e ver as coisas.. de repente, não
mais que de repende, encontramos Mafalda sentada no banquinho dela.
Assim,
eu não sou uma grande fã da Mafalda, mas minha amiga é e ela disse que se eu
fosse pra lá e não tirasse foto com a Mafalda, eu arranjaria um problema com
ela. A fila tava grande demais e a fome maior ainda, então fomos comer. Pedi um
bife de costilla com papas fritas, um 7Up e fui ser feliz, logo ali eu já
comecei a ver os problemas que enfrentaria com o espanhol ao longo da semana.
Depois de comer fomos ver se a fila já estava menor.. E TAVA!! Então ficamos guardando caixão lá um
tempo e corremos pra bater foto com a mocinha.. HAHAHAHA
Após
isso fomos continuar vendo as modas e Dê comprou um brinco de prata. Nessa hora
começou a bater uma vontade de comer algo doce, então entramos numa cafeteria e
tomamos cappuccinos/chocolates quente pra adoçar a vida. Ficamos lá tricotando,
fazendo planos para o resto da viagem, marcamos no mapa os caminhos e faríamos
no dia seguinte, depois seguimos nosso rumo pro hotel, pq o sono estava vindo
montado no cavalo do apocalipse.
Lemos
o email da Betina com o nosso norte para a viagem e depois fomos para os braços
de morfeu.
2º
Dia – Você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até aqui
Tiramos
o segundo dia para conhecer as modas.. fomos andar e MUITO.
Primeiro
separamos uns dinheiros pq não tínhamos certeza da hora de volta, só da ida. Aí
seguimos rumo ao Jardim Japonês e para chegar não houve a menor dificuldade,
saímos do Chateau Blend Hotel, fomos para a Av Del libertador e seguimos a reta
que dá lá. Chegamos, pagamos a entrada que foi muito baratinha e fomos observar
o lugar que, diga-se de passagem, é muito lindo. Bati 27 milhões de fotos com
as meninas do grupo de pesquisa, fizemos amizade com um casal brasileiro que
estava milagrosamente sempre por perto e pudemos ver uma exposição de plantas
aquáticas que estava sendo feita lá no dia.
Foi
um programa bom, bonito e barato. Esses 3 normalmente são difíceis de se
conseguir por aí, mas lá com certeza foi. Depois disso saímos de lá e fomos
andar sem olhar para trás e achar um bom lugar para comer. Saímos do Jardim
Japonês, andamos até a Av. Sarmiento, beiramos o Zoologico de Buenos Aires e nos
perdemos uns dos outros. Sim. Ali nós nos perdemos; 3 das meninas e eu
precisamos parar para saber o preço de um adaptador para tomada e as outras
seguiram, tentamos achá-las, desistimos e fomos parar para comer. Decidimos por
comer no Henry’s, que fica na esquina da Thames com a Guatemala, ou seria da
Paraguay com a Guatemala? Uma das duas é certo... E foi uma escolha ótima! A
comida lá era ótima!!! Apesar de tudo lá se resumir a carne e batatas, a carne
e batata de lá são magníficas! Definitivamente a melhor comida q eu provei lá
(Desculpa restaurante da Puente de la mujer), depois disso pegamos um taxi para
voltar pro hotel pq ninguém tinha pique e pernas para andar até o hotel, fora
que não tínhamos a menor ideia de como chegar no hotel de onde estávamos.
HAHAHAHAHA
Chegamos
no nosso quarto, tomamos banho e ficamos na esbórnia pq cansaço definia nosso
estado.
No
fim do dia descobrimos que no quarto de Iris e Chris, a segunda quase matou a
primeira quando a intenção era preparar um banho de banheira relaxante. Com
direito a pernas cozidas e Iris sufocando no calor da fumaça da água quente.
A
noite, Dê se arrumou lindíssima e foi aproveitar a noite argentina com algumas
das meninas, eu estava morta com farofa demais para fazer algo mais complexo,
então comprei um café no Starbucks da esquina as 10 da noite e fomos comer
pizza a duas ruas de distância.
3º
Dia – Agora a gente anda na outra direção!
O
início do dia foi como o anterior, mas os planos eram de seguir na direção
oposta, olhar o outlet de vinhos, passar em frente ao cemitério, olhar as lojas
que vendem couro mais barato do que por aqui e bater perna pela cidade.
A
saída já começou na vibe “só amor”, assim que chegamos na esquina da Austria
com a Av Del libertador, passou um cara com um cachorrinho que simplesmente
veio nos dar amor assim de demos “oi” para ele. Estávamos todas achando que ele
faria um ar blasé e seguiria adiante, mas o cãozinho veio animadíssimo pedir
amor, quase me derrubou no chão qnd se tacou nas minhas canelas para deitar no
chão perto de mim e virar a barriguinha linda pra cima. O dono dele, não menos
simpático, ficou lá parado o tempo todo em que brincamos com o cãozinho e ainda
falou (no idioma dele) “Olha como você é sortudo, menino, conquistou as
brasileiras.” HAHAHAHAHAHA
Só
depois de receber o amor de um cachorrinho que nunca mais veremos na vida que
seguimos nossa viagem, passando o dia vendo o preço das coisas, comprando
algumas outras (ou deixando para comparar o preço com o do supermercado).
Encontramos
uma loja chamada Mage, nome da terra da Iris, um restaurante com o nome
Marcelo, nome do gastrônomo do nosso grupo de pesquisa e uma placa de venda
escrito “Paulet”, quase um dos apelidos da Paulinha, nossa Paulete, e ainda
tirei uma foto da Dê no momento exato em que ela passa por uma placa escrito
“Divano”. Dê apenas divano.. ;D
Depois
de conhecer as modas, voltamos para casa e nos arrumamos para conhecermos o
Caminito, uma rua museu que fica próxima do estádio do Boca Juniors, estádio
este que fica muuuuuuuuuito longe do Chateau Blend, o que fez o taxi ficar bem
caro, considerando que saímos do hotel na hora do Rush. Não pudemos entrar no
estádio pq chegamos lá tarde, então fomos pro caminito e para as lojas do
caminito, comprei chá mate lá (ainda não abri), comprei 1 litro de licor de
doce de leite (que acabou em dois dias no Brasil hahahahaha). Todo mundo gastou
dinheiro lá, cada qual com suas preferências.
Assim,
o caminito tem todo um peso cultural e tal, mas eu não gostei muito de lá, o
lugar é bem pobre, as casas são bem tensas e lá tem uma cara de ser
perigosíssimo; tanto que não tenho nenhuma foto lá, todo mundo me desencorajou
a sacar minha câmera vermelha super travesti lá e correr o risco de ser
roubada, agredida, extirpada, etc.. Mas algumas meninas gostaram tanto que até
voltaram depois.
Saindo
de lá fomos direto para a Puente de la Mujer, conhecer o lugar, comer alguma
coisa e bater fotos. O lugar é lindo, tem 27 milhões de restaurantes de ambos
os lados e bate um ventinho supimpa por lá. Na hora de decidir aonde comer que
rolou um leve fight, sempre muito educado, lógico, mas estávamos divididos em
dois núcleos: o núcleo “Quero aproveitar o máximo que BsAs pode oferecer sem
medo de ser feliz” e o núcleo “O meu dinheiro tem q dar até o ultimo dia”. Bem,
eu tava no segundo grupo e tava votando para comermos um hambúrguer de uma
lanchonete barata que eu tinha visto pelo caminho. Falei tanto que todo mundo
topou. Fomos para lá e nos deparamos com o atendimento mais lerdo que já vi na
vida.O caixa era quem fritava as batatas e servia as comidas na bandeja, já lá
dentro havia uma moça para fazer os sanduiches; estaria tudo lindo se não
fôssemos um grupo de mais ou menos 10 a 15 pessoas. Quando a última de nós
conseguiu pegar o sanduiche, as primeiras já tinham terminado de comer e
estavam iniciando a digestão.
Depois
disso tivemos a batalha pelo taxi que levaria 4 ao invés de 3, levei desaforo
de um taxista mal amado, mas depois conseguimos os taxis e voltamos para o
hotel na mais perfeita paz.
4º
Dia – “Ai meu Deeeeus! O que será de miiiiiim???” – Zoo de Lujan
Desde
que soube q iria pra BsAs eu defini que teria que ir no Zoologico que dá pra
pegar no leão. Todo mundo falava de Duty Free, outlets, etc, e eu só pensava
“PRECISO FAZER CARINHO NO SIMBA!”
Aí
qnd chegamos lá, todo mundo já tinha pseudo coisas definidas pra fazer e uma
galera tava animada pelo zoo de Luján, só que aos poucos alguns foram
desanimando e eu ligada no 220v pra isso. No 3º dia rolou um boato de que ngm
iria mais e talz, que iríamos para o Rio Tigres, só que a minha lógica era “Pra
que Rio Tigres se posso alisar o pelo de um tigre de verdade, Senhor???” e
então eu, que sempre sou muito calma e relevo as coisas bati o meu pezinho no
chão e falei ”Gente, seguinte, vcs querem o Rio Tigres? Beleza. Vocês vão, eu
vou caçar como que eu chego em Luján e vou ver o meu tigre”, nisso a índia
falou que iria comigo, eu fui nas internets, achei os telefones que precisava e
agendei a ida para lá. Ju, de início, queria ir mas depois desanimou e depois
reanimou, ligou até pro Alejandro (Ale-Ale-Alejaaaandro) e conseguiu um taxi
que nos levaria, pagaria nossa entrada e nos traria de lá por R$360,00 (REAIS,
NÃO PESOS!!) só que depois descobrimos que além disso, o taxista passaria o dia
com a gente lá. O Argentino cuidou de nós durante todo o passeio, enfrentou
fila pra gente, guardou lugar nas outras paradas, nos esperou depois que
passamos da hora combinada, o taxista foi the Best so far por um preço bem
barato, se comparado com os valores do Brasil.
E
o passeio.. aaaaaaaaaah o passeio...
O
passeio foi fantástico! Assim que chegamos, demos de cara com a jaula dos
leõezinhos, vários deles, brincando com cãezinhos, dormindo, correndo e um
deles deitado numa mesinha de madeira tranquilão comendo uma asinha de frango
crua, era nesse que a gente podia mexer. Eu só fui descobrir isso depois que
entrei na jaula e saí alisando um filhotinho que veio na minha direção como quem
não quer nada, pq aí o cara brigou comigo, mas eu já tinha feito carinho nele
mesmo. Aí recebemos as instruções do que fazer, onde podíamos ficar, que não
podíamos tocar no rosto e todas essas coisas, ai eu fiquei la alisando ele e
batendo fotos fotos fotos. As meninas tbem.
Saímos
de lá e fomos na jaula do Lannister adulto. Ele já era um senhor, na verdade,
tem 15 anos o Ezequiel. E que animal enorme, o animal não acabava nunca. Ele,
maroto, volta e meia deitava, ai o tratador dele fazia carinho na juba dele e
ele levantava aquele cabeção enooooooooorme e ficava de boas olhando pro nada.
Eu admito que assim que entrei na jaula eu tava me cagando toda de medo, mas
muito mesmo, de verdade. Só que Ezequiel era tãão na dele recebendo carinho do
moço que até fiquei mais calma.
Teve uma hora que ele deitou e as meninas e eu falamos pro moço que podia deixar ele deitadinho mesmo, mas aí o cara falou q não podia pq viviam dizendo que os animais ali eram dopados e que se deixassem o Ezequiel deitar de boas, podia dar zica. Ezequiel é tão enorme que tem uma foto que está início do Ezequiel, Índia, Ju, eu e fim do Ezequiel.
Teve uma hora que ele deitou e as meninas e eu falamos pro moço que podia deixar ele deitadinho mesmo, mas aí o cara falou q não podia pq viviam dizendo que os animais ali eram dopados e que se deixassem o Ezequiel deitar de boas, podia dar zica. Ezequiel é tão enorme que tem uma foto que está início do Ezequiel, Índia, Ju, eu e fim do Ezequiel.
Depois
disso a gente foi sassaricando pra jaula dos tigres. Ali eu vi que os animais
são mansos MESMO! Mas tenho um dado pra falar antes de chegarmos nas tigresas.
Enquanto esperávamos na fila pra entrar na jaula, um pavão macho, que tava em
cima de uma árvore, voou pro chão, veio andando pra perto da gente e abriu as
suas penas, ele ficou lá todo tranquilo mostrando as penas pro pessoal e
recebendo comida (que é comprada na entrada do zoológico pra ngm dar comida que
possa fazer mal a eles). Mas vamos voltar aos tigres, quando entramos na jaula
das tigresas, tinham 3 naquela que entramos, mais 4 na do lado dormindo como se
não houvesse amanhã (um até de barriga pra cima, como quem diz “Daora a vida.”)
e mais um em uma outra jaula separada. Aí entramos e o tratador delas nos
apresentou as meninas: A que estava passeando pela jaula, olhando pro pessoal
do outro lado era a Nathália, a que estava deitada ali do nosso lado era a Kimi
e a que tava de frente pra Kimi eu não consigo lembrar o nome nem por um
decreto, mas eu tava tão em êxtase que tenho licença poética para isso. Fizemos
carinho na Kimi que, diga-se de passagem, tem um pelo magnificamente macio e
enquanto fazíamos carinho dela, o cara dava leite pra ela beber, o leite tava
em uma mamadeira gigante feita com garrafa pet e ela lambia no ar, toda
satisfeita, lindíssima.
Depois
disso nós fomos no mini tour para ver carneiros, cervos e ursos, vimos um casal
de ursos copulando (e era de uma agressividade absurda, o urso mordia a fêmea,
tenso), todos os homens lá pararam pra ver a cena e uma criança perguntou pros
pais o que eles tavam fazendo, levando o pai a responder “Tão brincando de
pular carniça, né gente?” e todos nós dissemos que era isso mesmo, depois
algumas pessoas foram alimentar os ursos (que não estavam copulando) mas nós 3
fomos passear de dromedário.
Aquele
bicho é enorme! Cada uma foi por vez fazer o mini passeio com o animal, tinha
um outro só de boas comendo na sombra perto da gente mas ele já devia ter
batido a sua cota do dia, olhando de longe, parece que o bicho é muito fácil de
montar, mas qnd vc sobe, ele dá umas arrancadas, uns puxões conforme anda que
se vc não se segurar, vc cai la de cima, bate de cara no chão e morre. Ali no
passeio do dromedário eu recebi uma cantada que depois até relevei: o
fotógrafo, quando parei ali pro flash, falou que era amor a primeira vista (na
hora eu pensei que ele tinha falado alguma coisa sobre eu agir como se tivesse
me apaixonado a primeira vista pelo animalzinho e era pra fazer cara de “a
pessoa mais feliz do mundo” o que não seria esforço nenhum, uma vez que eu não cabia
em mim de felicidade, mas depois perguntei para as meninas se ele tinha mandado
esse papo pra elas e elas disseram que ele não falou nada, só bateu a foto e
fim) mas como eu tinha feito a associação da foto com amar o dromedário, eu nem
reagi ao que o cara falou e segui meu rumo, aí quando o bichinho passou do lado
do cara, ele me fala “Eu lavo, passo e cozinho pra você” (yo lavo, paso e
cocino para usted/tu/alguma coisa assim), foi aí que eu computei a cantada e
tomei um susto, mas eu já tava de costas pra ele e ele não viu nada..
HAHAHAHAAHHAHA
Mas poxa, não é todo dia que alguém faz uma proposta dessas (lavar, passar E cozinhar!!), quase voltei lá.. HAHAHAHAHA
Mas poxa, não é todo dia que alguém faz uma proposta dessas (lavar, passar E cozinhar!!), quase voltei lá.. HAHAHAHAHA
De
lá fomos serelepes, faceiras e pimponas pros elefantes, demos peras pra um,
peras estas que nos foram entregues por um cara que tem o sistema imunológico
mais bombado que já vi na vida, uma vez que ele dava uma pera do balde pro
elefante, catava outra e comia, depois dava outra pro elefante USANDO SEMPRE A
MESMA MÃO!! O elefante, sempre muito educado, pegou as peras da índia e da Ju
com toda a calma do mundo, dobrando a pontinha da tromba, mas a minha pera
nããão, aquele elefante maroto envolveu a minha mão com a tromba antes de pegar
a pera, depois até bati uma foto da minha mão suja de catarro dele. Foi nojento
mas muito emocionante.
A
última parada foi a parte dos animais mais complicados, onde ficavam as cobras,
as iguanas e as araras, eu saí mexendo em tudo, mas confesso que da cobra
fiquei com medo. O melhor comentário definitivamente com o “A cobra é quente e
dura, eu não esperava por isso.” que a índia falou, se não me engano e que foi
motivo de zoação, logicamente. HAHAHAH
Não
tivemos tempo de ver os flamingos pq o taxista já tava esperando a gente havia
um tempo e ainda iríamos comprar as fotos das araras e cobras. Voltamos pro
hotel mortas com farofa, varadas de fome e com um sorriso besta de orelha a
orelha, mas antes passamos na Facultad de Derecho para pegarmos nossas coisas
do congresso que começaria na noite daquele dia (encontramos algumas meninas
que vieram com a gente e elas disseram que a gente tava fedendo muito a
animal), fomos no hotel só largar os papeis do congresso e saímos pra almoçar
no restaurante lá perto seguindo a vibe “Fuck the system” pq a fome era maior,
depois do nosso almoço as 17:00hs que voltamos pro hotel para um banho morno e
pra morrer na cama.
Depois
as meninas chegaram do Tigres, nos arrumamos e fomos pra abertura do congresso,
bebemos bastante vinho lá e depois algumas de nós esticamos para um barzinho
(nos perdemos no meio do caminho, achamos que tínhamos sido passadas para trás,
achei que fosse morrer ali mas deu tudo certo) e nesse bar quem era
congressista ganhava uma cerveja de graça, Paola, marota, cantou o barman e
ganhou outra. HAHAHAHAHHA
Depois
do barzinho voltamos pro hotel, terminamos uma partida de Imagem e ação que já
estava rolando com as outras meninas e então fomos para o ninho da águia.
Obs:
Boatos de que o passeio pelo rio não foi tão maravilhoso assim.
5º Dia – We’re all in this together
Começou
o congresso! Foi dada a largada.
Finalmente
tiramos nossos pôsteres da caixa, separamos nossas roupas de gente séria e
começamos a reensaiar as apresentações.
Passamos
o dia no congresso, descobri o significado de um termo que eu não conhecia,
depois descobri q pelo menos mais três meninas do grupo tinham assistido a
mesma palestra que eu com o mesmo objetivo. HAHAHAHAHAHA
A
comida era horrorosa, o café era bom, depois disso as meninas foram no outlet
comprar couros e eu fui pro hotel pq precisava descansar.
A
noite fomos para uma espécie de estudantina de tango, bebemos umas cervejas, eu
tava la me corroendo de vontade de dançar mas tava com medo de passar muita
vergonha. Depois de uns 25 minutos com Paulinha me explicando que é preciso
deixar o cavalheiro conduzir e não tentar dominar tudo o tempo todo, quando o
terceiro cara foi na nossa mesa nos chamar para dançar, eu fui. Expliquei que
não sabia dar meio passo em tango e que esperava não pisar em ninguém, nem
cair, bater com a cabeça e morrer. O cavalheiro era um senhorzinho bem velhinho
que falava castellano (eu não sei uma palavra em espanhol, em castellano não
sei nem espirrar). Só sei que deixei o velhinho me conduzir, fiz tudo q ele
mandava eu fazer (quando empurrava eu ia, quando puxava eu vinha, pro lado que
ele me jogasse eu tava indo) e ria pra tudo q ele falava (Você tava entendendo
ele? Não? Nem eu.). Só sei que quando ele me ofereceu champanhe eu vi que isso
ia dar merda, ai eu achei a tangente e fugi por lá, depois o cara ficou indo na
nossa mesa, dancei com ele de novo, depois não quis mais e ele ainda ficou
falando que nós brasileiras somos nariz em pé. Veja só uma coisa dessas!! :O
Voltamos
pro hotel e a Dê falou que não era isso que ela esperava do dia, que ela queria
um espetáculo de tango e não tango amador, combinamos de ir no tango do Café
Tortoni na noite seguinte, depois do congresso.
6º
Dia – Café Tortoni
Passamos
o dia no congresso (cêjura?) e o segundo dia foi o dia da apresentação do meu
pôster, eu já tinha ensaiado o dito cujo em português e inglês, tava quase
dando um jeito de ensaiar em Klingon, de tão nervosa que eu comecei a ficar ao
longo desse dia.
E
como a Lei de Murphy sente esse carinho profundo por mim, no começo ngm quis
aparecer lá pra saber sobre o que era a pesquisa, quando eu tava respirando
aliviada, chegou a primeira pessoa e pediu para eu apresentar em português
(Amém), assim.. todos disseram que eu podia apresentar em português, mas o meu
pôster foi o único que tinha gente querendo ver mesmo depois da hora de
apresentação dos pôsteres.. e como o segundo dia foi o ultimo dia de
apresentação de pôsteres, enquanto eu terminava de apresentar o meu, o pessoal
da mão de obra do evento começou a desmontar as estruturas que nós usávamos
para deixa-los expostos e isso foi desesperador, ver o homem lá desmontando as
estruturas e chegando cada vez mais perto de você e você tendo que fingir que
não tá entrando em desespero e acelerando as explicações para terminar antes do
cara vir desmontar onde você estava usando. Mas deu tudo certo, uma das moças
que visitou o meu pôster falou que a pesquisa era linda e meu vestido também
(aaaah moleque!!) voltamos pro hotel para guardar as coisas e fomos para o Café
Tortoni (as outras meninas foram assistir ao Fuerza Bruta).
O
tango do Café Tortoni foi mágico! Lindissimo! O cantor tinha uma voz épica, os
casais dançavam absurdos, as moças pareciam feitas de borracha de tanto que se
dobravam e os passos.. aaah os passos.. tudo sempre tão forte mas feito
parecendo ser de uma suavidade absurda. Saímos de lá chocadíssimas com a
habilidade deles e querendo entrar num curso de tango (coisa que não fiz até
agora, ah poxa..).
Banho
e ninho da águia.
7º
Dia – Fuerza Bruta
Enquanto
tomávamos café para irmos para o congresso, as meninas que tinham ido ao Fuerza
Bruta estavam viradas no ritmo ragatanga de tanto êxtase por causa da noite
anterior. Elas falaram que a peça era inenarrável, a palavra era essa. Falaram
que eles usavam o espaço do público para fazer a peça, que todos participavam
da peça junto, que chovia no público, que eles voavam, tudo era inenarrável de
tão magnífico. Paulinha, Dê e eu resolvemos que iríamos assistir isso na nossa
última noite mas tinha um porém: Tínhamos marcado de jantarmos juntas na Puente
de la Mujer na nossa ultima noite. Então fizemos o acordo de assistirmos a
primeira sessão do Fuerza Bruta e de lá voarmos pra Puente para encontrarmos as
meninas.
Fomos
ao congresso, depois fomos comprar as entradas para a peça, demos uma passada
no cemitério para eu ver Evita (os túmulos lá são mansões, fiquei
chocadíssima!!), só achamos Evita pq eu saí pedindo informações para um grupo
de turistas japoneses (Pq falar com asiático é comigo mesma!! HAHAHAHAHHA) e de
lá voltamos por hotel para nos arrumarmos lindas.
A
noite fomos assistir ao Fuerza. E foi inenarrável.
A
peça é perfeita, é diferente, uma mistura de Cirque Du Soleil com cinema 6D, eu
não sei explicar. É realmente inenarrável. Qualquer pessoa que tiver a
oportunidade de assistir ao Fuerza Bruta, seja em BsAs ou em Miami deve ir. É
realmente uma experiência única. Nós três saímos de lá em êxtase. Batemos fotos
com os artistas, eu me taquei embaixo da água que choveu lá dentro, pulei
gritando junto com a atriz da peça qnd ela se meteu no meio do povo com o resto
dos atores e parou na minha frente.
Só sei que quando a peça acabou eu tava num nível de êxtase tão grande que eu gritei no meio da rua pra extravazar pq eu tinha mesmo necessidade disso. Se existe uma coisa que me faz sentir vontade de voltar em BsAs, isso é o Fuerza Bruta.
Só sei que quando a peça acabou eu tava num nível de êxtase tão grande que eu gritei no meio da rua pra extravazar pq eu tinha mesmo necessidade disso. Se existe uma coisa que me faz sentir vontade de voltar em BsAs, isso é o Fuerza Bruta.
Decidimos
que antes de pegarmos o taxi para irmos para a Puente, jogaríamos com o sorte e
iríamos ao hotel para o caso de as meninas não terem saído ainda. E elas ainda
estavam lá! HAHAHAHAHA
Todas
estavam bem arrumadas para o nosso último dia mas a Lu.. a Lu tava vestida para
matar, ela deve ter seduzido toda BsAs e mais um raio de 7Km linda do jeito que
ela tava.
Lá
nós jantamos em um restaurante Mara, comemos nosso último bife de chorizo
(cortado com uma colher) e torrei meus últimos pesos (fiquei levinha hahahaha).
Voltamos
para o hotel já pressentindo a saudade que teríamos no dia seguinte quando
chegássemos no Brasil.
8º
Dia – Voltemos para a realidade, mas antes, uma lembrança para a Renatinha.
Fizemos
o nosso ritual do café da manhã sempre na mesma hora de sempre, arrumamos
nossas malas, quando deu a hora, as meninas dos outros quartos fizeram check
out e foram pro quarto que eu tava (pq não tinha reserva nenhuma para ele e a
recepção deixou a gente guardar as malas lá). Depois nós fomos gravar uma
lembracinha para a Renatinha que está riquíssima em Ithaca fazendo sanduíche
(Já falei que quero um de atum na volta).
Cantamos
o “Rap da Curcumina” que a Chris fez EM INGLÊS e filmamos nosso momento nigga,
com direito a Ju, que é fofa toda a vida mais dois dias, fazendo poses de negão
pra cantar a parte inicial. Ninjas de um jeito absurdo, fizemos o vídeo
certinho logo de primeira, acho que nunca mais a gente consegue isso na vida.
HAHAHAHA
Depois
disso seguimos nosso rumo, fomos para o aeroporto, gastamos milhões no Duty
Free, algumas comeram no McDonalds (eu comi um sanduiche feito pelas meninas
com queijo e peito de peru no hotel pq já tava sem pesos) e fomos para o avião.
Durante
o voo eu tava sentada na janela, Ju no corredor e uma moça avulsa no meio, aí a
Ju pediu para trocar de lugar com a mulher e
ficar do meu lado, a mulher trocou, aí
a mulher pediu à um cara avulso para trocar de lugar com ele, para ir
perto dos amigos de trabalho dela e o cara trocou, depois a Ju ficou cansada de
ficar sentada e pediu ao menino avulso para trocar de lugar com ele e voltar
para o corredor e poder andar pelo avião e ele trocou. Depois de um tempo
comecei a conversar com o cara e viemos conversando (Chico é o nome dele, Ju e
eu) até o Brasil, soube que ele foi para lá a trabalho, não tinha saído durante
toda a viagem e tava trabalhando mesmo durante o voo, mas que preferia ficar
conversando, então continuamos conversando. Trocamos Facebook e quando chegamos
ao Brasil, cada um seguiu seu rumo, quando o add no Fb, descobri que ele é
amigo de um amigão meu. Eta, coincidência de meu Deus! HAHAHAHAHAH
Retornei
ao meu lar e pude comer a comida que mais senti saudade durante o período lá:
Feijão.
Hoje
acabei com o último vinho que trouxe.
Agora
só falta o mate.
Beijos