terça-feira, 7 de maio de 2013

Somos tão jovens



Hoje fui no cinema assistir este filme com meu irmão e os amigos de faculdade dele.
Eu tinha visto muito rápido o trailer e não tinha reparado muito bem em nada nele... tinha ficado na expectativa pra ver mas não tinha ficado louca de ansiedade, tanto que hoje quando meu irmão tava me apressando, eu quase não fui.

Mas eu fui e assisti o filme. Como meu irmão tinha dito que viu em uma reportagem, o filme abordaria o cenário do rock de Brasília mas com o foco no Aborto Elétrico, e foi assim mesmo, sendo q ele mostra o desenvolvimento das diversas bandas da região, as trocas de integrantes, as mudanças de personalidade do Renato Russo e as consequentes brigas dele com o mundo por causa disso.

O filme é muito bom, considerando que filmes brasileiros as vezes deixam bastante a desejar, este não foi um dos casos, a seleção de atores foi boa, a escolha do Thiago Mendonça para o papel principal foi uma tacada de mestre, pq esse cara é simplesmente ótimo! A caracterização foi perfeita, haviam horas que eu olhava para a tela e via o Renato e não o Thiago, fora que toda a interpretação tanto do Thiago, como dos outros atores ficaram ótimas, um belíssimo exemplo foi a interpretação do Ibsen Perucci, a caracterização tbem foi boa, mas a interpretação foi ótima, ele fez o Dinho Ouro Preto.




O filme começa com o momento em que Renato descobre a epifisiólise, que o deixa de cama uns 3 anos mais ou menos e que, durante esse tempo ficou lendo e fazendo música, depois disso ele resolve tentar encarar o mundo novamente e voltar com suas atividades normais na, medida do possível, então ele conhece o punk rock e só então o filme entra no cenário rock da capital.


Por mais que o foco do filme seja a música, ele também dá bastante espaço para o relacionamento entra Ana Cláudia (ou Aninha) e o Renato, essa menina era  a maior amiga dele durante todo o tempo no qual se passa o filme (E dá a entender que continua assim no tempo que se segue), mostra a relação deles nos diversos momentos da vida do Renato, como eles mantiveram contato quando ele estava acamado, como ela o incentivou a voltar a andar e também mostra como ela descobriu que ele estava usando os amigos para ter inspiração para compor suas músicas.

Uma coisa maravilhosa no filme é que ele vai explicando as condições nas quais algumas músicas foram compostas... e admito que chorei quando tocou “Ainda é cedo”. Pq amigos podem sim acabar se afastando um pouco ao longo dos tempos e devido a certas circunstâncias (ou alguns erros), mas nunca é tarde para tentar reaver o relacionamento, sempre ainda é cedo.


O único vacilo do filme é que eles nem tocam no nome do Renato Rocha, que também já estava na banda quando eles vieram para o Rio de Janeiro, mas segundo o meu irmão, provavelmente foi pq a familia do Renato Russo teve muitos problemas com o Renato Rocha com relação à direitos autorais, então fazendo assim, eles estariam evitando futuras dores de cabeça. Eles citam o fato de o Renato ter se apaixonado pelo Flávio Lemos mas não citam um dos primeiros integrantes da Legião Urbana.



Eu não pretendo falar muito da história do filme em si (por mais que eu já o tenha feito, né? Hhahahahaha) pq ele estreiou há MUITO pouco tempo e eu não quero entupir o mundo de spoilers assim tão cedo.
Só quero dizer que o filme é magnífico, é uma parte da história do Renato que muitas pessoas não sabiam (tipo eu, mas já não era o caso do meu irmão), a interpretação do protagonista era tão perfeita que até a forma de dançar dele era igual, alguns personagens coadjuvantes (Como a Aninha) deram um brilho especial ao filme e este filme definitivamente é recomendado à todos que estiverem curiosos em saber como foi o início do rock de Brasília.


Assim que tiverem a oportunidade, assistam!

“Sei que ela terminou
O que eu não comecei
E o que ela descobriu
Eu aprendi também, eu sei
Ela falou: - Você tem medo.
Aí eu disse: - Quem tem medo é você.
Falamos o que não devia
Nunca ser dito por ninguém
Ela me disse: - Eu não sei mais o que eu
sinto por você.
Vamos dar um tempo, um dia a gente se vê.

E eu dizia: - Ainda é cedo”




Beijos

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