terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Qual é a sua palavra?

Estou lendo "Comer, rezar, amar" há uns poucos dias e cheguei em uma parte dele que realmente me fez pensar.
É a parte onde a personagem principal (Liz) está conversando com o amigo e ele fala que cada lugar tem a sua palavra: a de Roma é "Sexo", de NY é "Conquistar", de  LA é "Conseguir", Estocolmo "Conformar", Nápoles "Brigar" e por aí vai. E que cada pessoa também possui a sua palavra, assim, quando cada pessoa encontra um lugar que tenha a mesma palavra que a sua, ela se sente em casa.
Acho que o objetivo de escrever essa passagem era fazer quem lesse o livro parar para pensar em qual seria a sua palavra pessoal, ou pelo menos foi o que aconteceu comigo. Ainda acho que é o que acontece com todo mundo que lê o livro.


Fiquei um tempo pensando e várias palavras fizeram algum sentido para mim, mas nenhuma de uma forma geral, elas sempre eram específicas à momentos X ou Y, nunca no geral.
Até que uma palavra surgiu na minha cabeça e ela fez total sentido: Sedução.
Calma, não estou falando no sentido físico da coisa... apenas. Falo no todo.

As coisas que vêm me fazendo ser constante com relação à elas sempre exercem um certo grau de sedução sobre mim. A partir do momento em que eu paro de me sentir seduzida, tudo cai por terra.
Mas o mais legal (pelo menos do meu ponto de vista) é que aquilo que me seduziu vai continuar tendo o mesmo efeito inicial, então para algo deixar de exercer essa sedução sobre mim, ela precisa mudar e, ao meu ponto de vista, para pior. Seja isso uma pessoa, um estilo musical, um artista, um livro, um lugar, qualquer coisa.
Livros são ótimos exemplos disso. Uma temática que sempre me fascina é viagem no tempo. Sempre. Mas em sua grande maioria as histórias que abordam esse tema e que me prendem são os romances. Já li uns 5 títulos que seguem essa linha, um deles acabei antes de ontem aliás (mas o post sobre ele ainda está em desenvolvimento) e tenho um novo já esperando para ser lido. Gosto dessa temática pq ela normalmente envolve algo forte demais que faz o personagem questionar pontos muito importantes e fazer escolhas definitivas, escolhas que eu teria medo de fazer. 

Com música ocorre o mesmo. Ouço todo tipo de música, mas algumas bandas e cantores específicos me seduzem. Darei dois exemplos bem diferentes, um que o mundo concorda e outro que todos odiarão:

- Ed Sheeran - O Ed é perfeito, tem um estilo alternativo que, apesar de ser mais comercial agora, não perdeu sua base. Ele continua tendo o estilo Ed Sheeran de fazer música e espero que ele não mude, pq quero sentir essas borboletas no estômago por longos anos.


- DBSK - Sim! Dong Bang Shin Ki. Mas aqui preciso fazer observações: Gostei do DBSK como uma banda acapela de 5 rapazes que possuem vozes de beijos de anjos e que se completam, criando um som que faz amor com meus tímpanos, gerando eargasms sem fim. Depois que a banda se separou e o trio que saiu ficou solo, deixando a dupla que ficou como DBSK ainda, eu continuei amando, obviamente, mas houve um desfalque. Yunho tinha dificuldade em agudos e Changmin era basicamente agudos, dos três que saíram, Jaejoong e Junsu faziam a ponte entre os que ficaram e Yoochun tinha o tom de voz mais grave de todos. O trio conseguiu manter uma simbiose nas vozes que ficou deliciosa, os outros dois conseguiram também fazer algo agradável, mas não tão delicioso. Então meu amor por DBSK ficou pelo período deles como quinteto e teve alguma alteração com relação à eles como Dupla/Trio. Mas todas as vezes que escuto músicas com as cinco vozes, fico com o riso frouxo e as borboletas sambam no meu estômago, como acontecia nas primeiras vezes em que os ouvi cantar. Acho que o amor seja algo semelhante ao que sinto quando escuto DB5K, mas não sei dizer. 



De todas as vozes, a do Yoochun me faz derreter a partir da boca do estômago.


É mais forte do q eu, não consigo deixar de olhar as perninhas do Changmin. <3


Voz do Yoochun fazendo amor com meus tímpanos, Junsu gordinho me dando vontade de morder seus braços e Jaejoong sendo Jaejoong. hahahahaha <3

O mesmo acontece com amigos, eu conheço muitas pessoas, mas aqui falo de amigos mesmo. Sou imensamente seduzida pelos meus amigos, pelas individualidades deles, pelas qualidades e até pelos defeitos, essa sedução é visível quando olho para eles, eu sinto que a forma como olho para os meus amigos deixa estampado na minha cara o quando eles são importantes em minha vida.
Eu sei que as pessoas mudam, isso é normal no desenvolvimento do ser humano, mas o que me seduz nos meus amigos são características inerentes deles, coisas que não mudam, pelo menos não com a facilidade com que a grande maioria das coisas mudam na vida.

Então conclui que, sim, a minha palavra pessoal é "Sedução".
E esta é uma palavra que muito me agrada, aliás.

Beijos

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Austenland

Sei que estive ausente nos últimos meses mas foi pq estive ocupada com outras coisas.. e por preguiça também (HAHAHAHA), mas voltei agora e nada melhor para usar no retorno do que um filme baseado nas obras daquela que tem tomado minhas atenções para si: Jane Austen.
Calma, não vou começar a falar agora sobre "Orgulho e preconceito", ou "Razão e sensibilidade", "Mansfield Park", etc. Não, vou começar bem mais modesta e só depois (em posts futuros) me aprofundarei nas obras em si. Neste post vou focar em um filme no qual a personagem principal é fanática pelas obras da autora (fanática tipo, MUITO) e resolve embarcar para a Inglaterra afim de participar de um programa onde pessoas podem viver por um período na realidade da época. Mas vamos por partes:


Sinopse: “Com mais de 30 anos de idade, Jane Hayes (Keri Russell) não consegue encontrar um namorado, porque nenhum homem lhe parece à altura de seu grande ídolo: o Sr. Darcy, personagem criado por Jane Austen no romance Orgulho e Preconceito. Um dia, ela decide gastar todas as suas economias e voar ao Reino Unido, onde existe um resort especializado em acolher as mulheres apaixonadas pelas histórias de Austen. Lá, ela descobre que o homem do seus sonhos pode se tornar uma realidade.”

Gostei bastante do filme, me diverti com os problemas enfrentados pela mocinha, fiquei perdida com relação à encenação e a realidade, sofri com o sofrimento dela e fiquei revoltada com as armações.



Basicamente toda mulher que lê as obras de Jane Austen automaticamente se apaixona pelo Sr. Darcy, até pq ele possui o apanhado de predicados que toda mulher pode querer: Ele é bem educado, culto, confiável, constante naquilo que sente, bem informado, possui bom coração, não é efusivo, é sério e, como se já não bastasse, é bonito e tem dinheiro!
Qualquer mulher que leia Jane Austen irá se apaixonar pelo Sr. Darcy, pq é algo inevitável.
Quando parei para assistir a adaptação para o cinema da obra, na cena onde ele declara seu amor, como torci para que a senhorita Bennet pulasse nos braços dele e declarasse que o amava na mesma intensidade, mas não seria verdade. Por isso Jane Austen é uma autora clássica famosa e eu não escrevo nem receitas. HAHAHAHAHA
Mas voltando ao filme, ele relata as desventuras de uma mocinha que se aventurou no universo de Jane Austen com o objetivo de encontrar o seu Sr. Darcy, com todos os possíveis predicados. Lá no local onde passaria seus dias, ela descobre que, com exceção dela e de duas outras moças que haviam comprado o pacote, a sociedade era composta por atores,  três deles designados a cada uma delas para que, no baile ao final do período, as três recebessem pedidos de casamento a la Jane Austen.
Dos três atores principais havia um Sr. Darcy, um Wentwoth de meia tigela e Pseudo Coronel Brandon afetado com os quais elas deveriam se relacionar no período e receberem seus pedidos de casamento ao fim. Sendo que, como toda comédia romântica cisma de fazer, apareceu um quarto rapaz (o homem responsável pelos estábulos) e que conseguiria destruir todo o caminho traçado pelos atores principais.

A partir desta base as histórias vão se desenvolvendo.
Há uma peça encenada pelos moradores da mansão, como em Mansfield Park (Só que sem uma Fanny encontrando Sr. Crawford transando com uma mulher casada) e a partir desta parte as coisas ficam meio confusas pq, aí sim, você passa a não saber se o rapaz designado a ficar com Jane está encenando ou não, além de nesse meio tempo haver o cara dos estábulos que está conquistando o coração de Jane e falando sobre darem continuidade àquilo após o fim do passeio.
O filme é bem divertido, considerando ser uma comédia romântica que não foge do padrão do estilo, não é um daqueles filmes que faz uso de baixarias para fazer piadas mas possui uma mulher louca que fala certas baixarias.



A personagem principal, como é de se esperar, tira uma lição de moral da história que vive e toma algumas atitudes que deveria ter tomado antes e bem, atinge seu objetivo quando decidiu por viajar à Inglaterra de 1800.

E um filme bem engraçado e que, mesmo quem não estiver habituado com os universos de Jane Austen, conseguirá se divertir. Mas não foi feito para o cinema, este é um filme produzido para ser passado na televisão apenas.

Preciso comentar que quando o ator que faz o Sr Darcy neste filme sorri, ele parece o Tom Hiddleston e isso é algo que vai direto para o meu baixo ventre.


Beijos

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

You pierce my soul

"I can listen no longer in silence. I must speak to you by such means as are within my reach. 
You pierce my soul. I am half agony, half hope. Tell me not that I am too late, that such precious feelings are gone for ever. I offer myself to you again with a heart even more your own than when you almost broke it, eight years and a half ago. Dare not say that man forgets sooner than woman, that his love has an earlier death. I have loved none but you. Unjust I may have been, weak and resentful I have been, but never inconstant. You alone have brought me to Bath. For you alone, I think and plan. Have you not seen this? Can you fail to have understood my wishes? I had not waited even these ten days, could I have read your feelings, as I think you must have penetrated mine. I can hardly write. I am every instant hearing something which overpowers me. You sink your voice, but I can distinguish the tones of that voice when they would be lost on others. Too good, too excellent creature! You do us justice, indeed. You do believe that there is true attachment and constancy among men. Believe it to be most fervent, most undeviating, in

F. W.

"I must go, uncertain of my fate; but I shall return hither, or follow your party, as soon as possible. A word, a look, will be enough to decide whether I enter your father's house this evening or never."

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Definitivamente a melhor parte de "Persuasão".



Jane Austen destrói as mulheres pela simples razão de elevar os padrões para níveis absurdos. Ela cria a expectativa de alguém que não existe.

Ed Sheeran faz o mesmo utilizando músicas.
Esta música aqui não me deixa negar.


Beijos