E quanto a esses 50 tons de cinza?

Estava pensando cá com meus botões e resolvi que além de doramas e coisas relacionadas à terrinha, irei tbem falar sobre livros que estou lendo, ou li, ou lerei. Então vou começar com o último livro que li, “50 tons de cinza”, o romance de E.L. James.

Sinopse

 "Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seus próprios termos. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso – os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família -, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos."

Ta aí um livro que tá gerando controvérsias, de um lado estão as jovens moçoilas dizendo que este livro está sendo uma pseudo revolução sexual feminina, pq mostra que mulheres tbem se interessam por sexo de forma aberta, do outro lado estão as feministas dizendo que este livro é uma afronta ao sexo feminino pois a garota é submissa ao cara e mulheres não são submissas, nós somos o sexo forte pq além de fazermos tudo que os homens fazem, nós ainda temos que cuidar da casa e educar as crianças e blá blá blá.

Minha humilde opinião

 O livro tem uma história legal, com uma protagonista pouco usual, ou, como disse num site aí, “a Hermione crescida”. O jeito da autora escrever não é cansativo mas eu achei que com uma história que poderia ser tão bem desenvolvida, a autora deixou a desejar.

                Eu li apenas o primeiro livro, então não posso dizer que ela não desenvolveu a história com perfeição, só estou dizendo que no primeiro ela deixou a desejar.  É mt sexo para um livro só, o livro chega a ser conhecido como “pornô para mulheres casadas”, a autora se prende tanto em dizer como os protagonistas estão se papando, de forma tãããããããão bem detalhada, que chegava a dar raiva quando você via que a historia em si andava em passos de tartaruga.

                No livro, Anastasia conhece Christian em uma entrevista para a faculdade e a partir desse encontro, ele resolve ir atrás dela e eles iniciam um romance floodado por sexo em todos os lugares, de todos os jeitos e cada cena muuuuuito bem detalhada (do ponto de vista da garota), sendo que o cara é todo traumatizado por fatos do passado e isso fez com que ele tivesse dificuldade de amar (Mas não é o que acontece quando Ana entra em cena, até pq se o livro fosse contar a história de só mais uma, ele não venderia, é sempre a história daquela que faz a diferença.).

                Como tudo na vida, o livro teve três respostas do público “Amei”, “Odiei” e “Caguei”.

                Os que amaram disseram (como eu já falei) que foi um livro que mostrava que as mulheres também  se interessam por sexo. Bitch, please, se mulheres não se interessassem por sexo os conventos estariam lotadassos e a densidade demográfica do mundo estaria o completo oposto de como está, né? Isso é algo óbvio, mas foi preciso uma mulher fazer um livro recheado de sexo sadomasoquista para que as pessoas assumissem o fato? Cadê lógica?

                A segunda opinião foi a das feministas que falaram que o livro era uma afronta a todas as conquistas feitas até hoje por nós mulheres, nós que tivemos que abandonar o fogão, queimar sutiãs e correr para as multinacionais,  para nos entupirmos de café e assim conseguirmos assumir uma jornada dupla, pq nesse meio tempo ainda aparecem os filhos e eles têm que ser pessoas boas no futuro e carregarem nosso valores consigo, né? Gente, por favor, qualquer pessoa que tenha lido o livro está ciente de que o cara fez um contrato de submissão com a garota com cláusulas bem explicativas e que ela teria direito de mudar algumas conforme fosse sua vontade e que, a todo e qualquer momento, ela poderia cancelar o contrato apenas por achar que não pode mais continuar com aquilo, fora que o contrato não era válido, era só uma burocracia inventada pelo cara para poder mostrar à garota exatamente o que ele queria e se ela TOPAVA ENTRAR NA BRINCADEIRA, ou seja, ela só tava lá pq ela quis e, até onde eu sei, nós mulheres fizemos tudo o que fizemos para termos o direito de escolher, né? Então se quisermos ser amarradas, amordaçadas e espancadas para o nosso prazer ou escolhermos fazer isso por saber que o outro sente prazer, nós temos todo o direito de escolher isso e não ser recriminada por curtir a idéia.

                Outra crítica recebida foi a de que ele é recheado de clichês, como o fato de o protagonista ter atitudes devido aos seus traumas do passado, mas tenho uma dúvida: Existe alguém que seja como é sem ser por causa de seu passado? Essa situação para mim só se aplica a Kyle Reese, pai do John Connor em “O exterminador do futuro” pq foi o futuro que o fez agir da forma que agia (por mais que este futuro tenha sido o passado dele, né?).

                Na minha humilde opinião, achei o livro legal, não é maravilhoso como as pessoas têm dito a torto e a direito, mas também não é uma merda que afronte meu orgulho feminino, só reafirmo que esperava mais da história em si. Poxa, eu cresci lendo coisas como “O fantasma da ópera” e a saga “Harry Potter”, então espero histórias que realmente desenvolvam seus personagens e não foquem apenas em um detalhe, como foi feito com o sexo neste primeiro livro. Segundo vi nas interwebs, os dois próximos livros desenvolvem mais a historia, mais o terceiro do que o segundo, então quando eu terminá-los, falarei aqui.

                Uma coisa que achei divertidissima foi o fato de o sobrenome do cara ser Grey, ele ter olhos cinzas e isso sempre ser citado pq aí a narração varia entre os cinquenta tons dos olhos do protagonista e os 50 tons do próprio protagonista, mas esse é um trocadilho que só pega quem fizer a associação com o titulo em ingles do livro, pq se a pessoa não souber inglês, só associará com os olhos do cara mesmo.

                Apesar de todas as opiniões que se pode ter, a proposta do livro era “Erotismo para mulheres”, então, seguindo esta vibe, ele cumpre seu papel.

Sobre a Adaptação para o cinema

                Corre um boato na boca miúda que os atores mais cotados para os personagens são Ian Somerhalder e Emma Watson.

                Emma como Ana seria épico, simplesmente pq nada melhor que Hermione para fazer a Hermione sexualizada, né?

                Outra escolha linda será a de Ian como Christian. Poucos atores conseguem passar tanta intensidade com o olhar como este cara e essa é uma característica importantissima para o personagem. 

                 Rola nas interwebs uma lista de atores que estavam cotados para o papel e entre eles tem o Chris Hemsworth delicioso. 

                Desculpa Chris, mas o Ian tem a sagatiba necessária para o papel, vc é sensual do inicio ao fim, mas a intensidade no olhar que ele tem naturalmente, vc não tem.

Besos '3'