domingo, 8 de abril de 2012

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Acho que eu tenho problemas, assim, como menina.
To acostumada com os moleques, cresci com meninos, brincando de luta, jogando vídeo game, caindo na porrada com o meu primo, jogando bolinha de gude e até futebol até uma certa vez onde eu estava no gol e o garoto chutou tão forte, mas tão forte, que saí correndo e nunca mais voltei. Mas eu também era uma menina, tinha minha coleção de Barbies, gostava de desenhos de menina (E Cavaleiros do Zodíaco, Power Rangers – Eu sou a rosa!! – Caverna do Dragão, Pokémon). Acho que só parei de brincar com os garotos quando comecei a me interessar neles... depois disso eu só me tornei amiga deles, não brincava mais.
Só que eu sempre mantive a vibe menos fresca; sou delicada, mas não fresca, salvo em caso de barata pq eu tenho medo sério!

Isso sempre foi um problema, pq os garotos nunca olhavam para a menina que sabia que um soco num ponto exato do seu pescoço poderia te deixar com problemas realmente sérios quando tinha uma menina toda feminina te dando atenção, ou só no mesmo local que você.
Eles só lembravam de mim quando queriam conversar sobre tralhas avulsas, queriam ajuda na prova ou pra pedir ajuda com a sua amiga, que é extremamente linda.
Eles me viam tanto como homem que uma vez o garoto que eu era afim na sexta série fez como piada de primeiro de abril a pegadinha de dizer que queria conversar comigo algo sério (Leia-se: Estou interessado em você.) mas eu era tão sagaz com eles que joguei na cara dele que sabia quais eram suas intenções e ele olhou para os amigos, falando “Pô galera, ela descobriu. Acabou com a minha graça.” E eles fizeram aquele “Aaaaaaah!” de quando algo dá errado. 
Isso me fez crescer me achando definitivamente não interessante para o sexo oposto, depois eu precisei usar aparelho no ensino médio e aí acabou de vez.
Mas aí veio a faculdade, vários jovens juntos, pessoas de várias opiniões diferentes lá e com o passar do tempo você fica diferente, antes mesmo de entrar na faculdade você já muda um pouco, mas depois dela as mudanças são maiores.
Nos seis meses que fiquei na esbórnia antes de entrar na faculdade eu cheguei a conclusão que não teria que agradar ninguém, que tinha que fazer meu melhor para ser como eu achava bom e as pessoas que gostassem de mim assim, parece bobo, mas quando você cresce sendo visto como um moleque, é tenso isso.
Aí chegou uma hora que me estressei com tudo isso e resolvi que seria como eu quisesse ser e que se dane se vão gostar ou não de mim, se vão me ver como homem, mulher, transex, qualquer coisa.
Aí os meninos começaram a gostar de mim, como garota.. HSUAHOSIUHAOUSHOAUHOIHAOHSOAI


4 comentários:

  1. Só bastou um pouco de auto-confiança :P

    Taika

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  2. Gostei bastante de conhecer seu blog, adorei o jeito que vc conta suas historias. O problema não está em nós, e sim na forma como nós pensamos sobre nós, é sempre isso, pensamos muito o que os outros estão achando da gente.

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  3. Mas agora eu chutei o balde..
    ♫ Eu só queeeeeeeeero é ser feliz! ♫

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  4. Acredito que o que pode ter lhe acontecido na sua adolescência, é que o tipo de diálogo e a abordagem com que você tratava os seus colegas, automaticamente colocava eles em uma posição totalmente nula para qualquer tipo de abordagem amorosa(A famigerada Friendzone).
    Como os valores mudam conforme o avanço da idade, novos amigos lhe vêem com outros olhos, e, além de enxergar em você motivos pra abordagem romântica, graças ao avanço da idade, aquela postura defensiva que fazia eles não exporem seus sentimentos românticos em relação a você não é mais tão efetiva

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