quarta-feira, 2 de julho de 2014

A noiva despida

Sinopse: Uma mulher desaparece. Ela era a esposa perfeita, a mãe exemplar, uma mulher irrepreensível. O que dizer então do explosivo diário que deixa para trás? Nas suas páginas, ela revela pormenores surpreendentes da sua jornada de descoberta e libertação sexual. Ela inicia o seu diário em Marrocos. Está em lua-de-mel. Acredita ser feliz na sua vida confortável e convencional. Mas ela precisa de mais. Ao descobrir um livro raro, de uma autora anónima do século XVII, sente-se inspirada pela sua heroína fogosa, que desafia as convenções e busca o prazer. Mas o que começa apenas na sua imaginação, rapidamente ganha contornos de urgência. Pela primeira vez, ela põe em prática o que de mais íntimo e inconfessável lhe vai na alma. Assim começa uma vida dupla na qual transpõe a barreira entre fantasia e realidade, num mundo onde o desejo não conhece limites. Mas o preço dessa liberdade pode ser demasiado alto… A Noiva Despida é uma aventura nos meandros do sexo e do amor. Uma partilha de confidências que apenas as melhores amigas ousam fazer. No final, é impossível evitar a pergunta: até que ponto conhecemos verdadeiramente outra pessoa? 
 
 
Este livro, qnd comprei na bienal, parecia ser bem chocante, considerando o que dizia na sinopse. Mas é aquilo: o objetivo da sinopse é vender o peixe, e o deles tava la sendo vendido sem medo de ser feliz. 
O livro conta a historia de uma mulher certinha que sempre fez todo o possivel para ter um casamento feliz e se sentia abençoada pela vida a dois que possuía.
Isso até ela descobrir estar sendo traída pelo marido e sua melhor amiga.
A partir deste ponto há uma reviravolta na história desta mulher, que passa os meses subsequentes dando voz aos seus mais obscuros anseios de cunho sexual, libertando todas as suas fantasias (antes bem guardadas pois o marido era conservador) e conhecendo não só o mundo além da caixinha mas também a mulher que ela sempre foi mas nunca havia tido a oportunidade de conhecer.
Este não é um livro contando a história de uma mulher certinha que despiroca e destrói sua biografia... por mais que as coisas q ela faz ao longo do livro consigam tacar a biografia de qualquer um na sarjeta fácil fácil.
É sobre uma mulher que resolve se conhecer melhor, mas sem deixar de ser quem ela é.


Sendo que toda essa história de libertação das amarras da sociedade só foi descoberta depois que a policia faz uma busca na casa da mulher, após ela estar desaparecida, e assim eles encontram o diário dela.

Partindo deste principio o livro da a ideia de ser bem legal, com uma tematica diferente da maioria, uma vez que normalmente o personagem principal sofre muito até merecer a vitória e neste caso a mulher vê o problema, começa a superá-lo e segue na vibe "Fuck the system".

A merda é que o livro tem aquela cara de "Cosplay de 50 tons" e isso nao é nem um pouco legal, parece que ele é uma versão de 50 tons escrita por uma outra senhorinha devassa.. ou  algo do gênero.


A narrativa do livro segue mostrando os pensamentos da mulher divididos em capitulos diminutos, cada qual entitulado por uma lição sobre como deve ser a boa esposa.
Este contraste do titulo do capitulo com o conteudo expondo uma mulher se libertando sexualmente é realmente uma ideia muito boa, pq dá pra expor as duvidas na cabeça da personagem principal, apesar de suas experiências de vida.

Não que eu ache que as mulheres devam fazer um terço das devassidões dessa mulher, pq ela dá uma despirocada legal em certas partes mas depois se situa.

Por contar uma história que fica variando entre a boa moça que cuida do lar, escreve livros, faz parte de um clube de leitura e tenta reconquistar seu relacionamento com os familiares com os quais ela tem desavenças e a mulher que tem liberdade sexual suficiente para encontrar um taxista, entregar a ele o endereço do quarto de hotel onde o esperará e dizer para ele trazer um amigo, esse livro realmente deixa as pessoas de cabelo em pé.

E é exatamente por conta desse contraste de situações que o livro consegue prender o leitor, mas ele também possui coisas que fazem com que o leitor canse um pouco, como o fato de os capitulos serem muito curtos. Toda pagina tinha um capitulo novo praticamente, isso cansava muito a leitura, pq os titulos dos capitulos interagiam com a parte que era contada no mesmo mas ter milhões de titulos dava vontade de socar a cara de um.

Assim, quem curtiu "50 tons de cinza" vai curtir o livro, caso contrário, não adianta nem começar a ler.
Exceto pelo fato de que, apesar de o livro ser cansativo, os acontecimentos das duas ultimas paginas fazem com que vc fique boquiaberto com a gama de possibilidades que a polícia terá que investigar, partindo dos fatos registrados no tal diário.

Mas isso fica apenas na sua cabeça pq, bem, o livro acaba assim.




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